Am7 Dm7/9 E7/9- Cansados vão os corpos para casa Am7 Dm7 E5+ Dos ritmos imitados doutra dança Am7 A noite finge ser Dm7/9 E7/9- Am7 Ainda uma criança de olhos na lua Dm7 Com a sua E5+ E7 Am7 Cegueira da razão e do desejo A noite é cega, as sombras de Lisboa São da cidade branca a escura face Lisboa é mãe solteira Amou como se fosse a mais indefesa Princesa Que as trevas algum dia coroaram Refrão: A7+ Bm7 Não sei se dura sempre esse teu beijo Dm7 E5+ E7 Ou apenas o que resta desta noite A7+ O vento, enfim, parou Bm7/5- Já mal o vejo E7 Por sobre o Tejo Dm7 E5+ E já tudo pode ser A7+ Bm7 Tudo aquilo que parece A7+ Bm7/5- A Na Lisboa que amanhece O Tejo que reflecte o dia à solta æ noite é prisioneiro dos olhares Ao Cais dos Miradoiros Vão chegando dos bares os navegantes Amantes Das teias que o amor e o fumo tecem E o Necas que julgou que era cantora Que as dádivas da noite são eternas Mal chega a madrugada Tem que rapar as pernas para que o dia Não traia Dietriches que não foram nem Marlénes Refrão Em sonhos, é sabido, não se morre Aliás essa é a Única vantagem De após o vão trabalho O povo ir de viagem ao sono fundo Fecundo Em glórias e terrores e aventuras E ai de quem acorda estremunhado Espreitando pela fresta a ver se é dia E as simples ansiedades Ditam sentenças friamente ao ouvido Ruído Que a noite se acostuma e transfigura Refrão Na Lisboa que amanhece E7 A6/9