Letra: Chico Burque Versão: Alexandre Fontanelli (Dm – G#° – Dm – B° ) de tudo que é nego torto do mangue e do cais do porto, ela já foi namorada o seu corpo é dos errantes dos cegos, dos retirantes, é de quem não tem mais nada dá-se assim desde menina na garagem, na cantina atrás do tanque, no mato, é a rainha dos detentos, das loucas, dos lazarentos dos moleques do internato e também vai amiúde, com os velhinhos sem saúde e as viúvas sem porvir ela é um poço de bondade e é por isso que a cidade vive sempre a repetir (Dm – A#) joga pedra na Geni... joga pedra na Geni... ela é feita pra apanhar... ela é boa de cuspir ela dá pra qualquer um maldita Geni (Dm – G#° – Dm – B° ) um dia surgiu, brilhante entre as nuvens, flutuante um enorme Zepelim pairou sobre os edifícios abriu dois mil orifícios com dois mil canh_es assim (Dm – C#m – Cm – Bm) a cidade apavorada se quedou paralisada pronta pra virar geléia mas do Zepelim gigante desceu o seu comandante dizendo: Mudei de idéia (Dm – G#° – Dm – B° ) quando vi nesta cidade tanto horror e iniqüidade resolvi tudo explodir mas posso evitar o drama se aquela formosa dama esta noite me servir mas de fato, logo ela tão coitada e tão singela cativara o forasteiro o guerreiro tão vistoso tão temido e poderoso era dela, prisioneiro acontece que a donzela e isso era segredo dela também tinha seus caprichos e a deitar com homem tão nobre tão cheirando a brilho e a cobre, preferia amar com os bichos (Dm – C#m – Cm – Bm) ao ouvir tal heresia a cidade em romaria foi beijar a sua mão o prefeito de joelhos o bispo de olhos vermelhos e o banqueiro com um milhão, dizendo: (Dm – A#) vai com ele, vai Geni... vai com ele, vai Geni... você pode nos salvar... você vai nos redimir...você dá pra qualquer um bendita Geni (Dm – G#° – Dm – B° ) foram tantos os pedidos tão sinceros, tão sentidos que ela dominou seu asco nessa noite lancinante entregou-se a tal amante como quem dá-se ao carrasco ele fez tanta sujeira lambuzou-se a noite inteira até ficar saciado e nem bem amanhecia partiu numa nuvem fria com seu zepelim prateado(Dm) num suspiro aliviado ela se virou de lado e tentou até sorrir (Dm – G#° – Dm – B° ) mas logo raiou o dia e a cidade em cantoria n_o deixou ela dormir (Dm – A#) joga pedra na Geni... joga bosta na Geni ela é feita pra apanhar... ela é boa de cuspir...(Dm) E assim chegamos ao fim da nossa história... vá dormir com este barulho...