Pé na Tábua

Tom: C

C                                                             G7
Trabalhei um mês com um caminhão, e o meu patrão era um tal Mané
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Me pagou a conta e me mandou passeá, depois de xingar as classe do chofer
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E o homem tinha toda a razão, pois o seu caminhão lá no Canindé
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Um poste e uma casa eu desmantelei, quando manobrei o carro em marcha ré
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Como em nossa vida logo tudo passa, eu entrei na praça em carro de aluguel
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Trabalhando a noite como empregado, num ponto afamado na Praça da Sé
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Eu tinha mania de velocidade, dentro da cidade eu metia o pé
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O meu apelido era pé na tábua, eu dizia: N´água salve quem puder
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Cabelo penteado meu boné de lado, sempre assanhado quando eu via muié
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Eu pagava multa quase todo mês, e algumas vez duas, tres até
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Sempre mariscando eu formava pega, deixava o colega sempre de rapé
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Dei uma trombada perdi o paralama, e fiquei de cama com gesso no pé
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Com minha mania de cabra largado, fui prejudicado veja como é
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A guarda civil me tirou a carteira, a bem da ordeira classe de chofer
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E até que foi bão que isso aconteceu, que agora eu vejo boa maré
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Mudei profissão e ganho dinheiro, hoje sou violeiro lá no Sumaré