Bm Em F#7 Bm "Ficou uma cruz cravada e um silêncio de arreio Nem rangido, nem um coscorro da mordedura do freio Ficaram estrivos juntos, xergão de carda, suado E uma silhueta estendida, da dimensão do gateado" Bm F#7 Quem foi potro em primaveras, madrugando minhas encilhas Em F#7 Bm Já foi barco de alma leve, navegando essas coxilhas F#7 Cascos de lua crescente, pra o céu grande das flexilhas Em F#7 Há de encontrar invernada, rincão, querência ou potreiro Em D F#7 Bm Lugar que o deus dessa pampa, reserva pra os seus campeiros Em Quem sabe o céu te espere, com garras de corvos negros G Bm Ou intempéries de chuvas, trocando a dor por sossegos A7 D Lavando um lombo sem viço, sem forquilha nem pelego G G#° F#7 Quem já foi flor nos setembros, sendo rio grande na praça Em D F#7 Bm Vai matar campo e flexilha, pra consumir sua carcaça Int. Bm F#7 Quem soube morrer de velho, destino bom de cavalo Em F#7 Bm Numa várzea de sol posto, entrega-se qual regalo F#7 Pras mãos certeiras do tempo, que nunca erra o pealo Em F#7 Pois só quem teve um gateado, conhece as coisas que digo Em D F#7 Bm Não mate ou venda um cavalo, que estás traindo um amigo Em Quem foi terra sem cobrá-la, retorna agora pra ela G Bm Querência da minha encilha, fechou pra sempre a cancela A7 D Entregando os olhos pampas, pra uma estrela sentinela G G#° F#7 Rogando a sombra da cruz, boto no peito o chapéu Em D F#7 Bm Reverencio pra terra cavalo bom vai pro céu Int.