Numa escola da Zona Sul de São Paulo, Brasil dois garotos se tornam bons amigos. Anos mais tarde, voltam a se encontrar na noite, como músicos. O percurssionista Robson Buiú convida o amigo de infância Belo para tocar cavaco no grupo de samba que formava com os companheiros Criseverton, Digo, Claudinho de Oliveira e Marcinho, o Sob Medida.
Depois de algum tempo, os rapazes descobriram que já existia um outro grupo com o mesmo nome. Fãs de Djavan, eles viram no disco "Não é azul mas é mar" (Sony 1887) uma música intitulada Soweto. Nela, os versos "o negro precisa lutar para conquistar seu espaço" e em 1994, nasce o Soweto.
Daí surgiu a inspiração, nascia o grupo Soweto, apadrinhado pelo cantor e compositor Biro do Cavaco. Nessa fase inicial, os cantores eram Claudinho, Criseverton e Buiú, mas os colegas notaram que Belo do Cavaco tinha uma boa voz.
Superando a timidez, ele acabou sendo nomeado vocalista do grupo. Enquanto Claudinho ganhava fama como compositor, com músicas gravadas por gente como o padrinho Biro, Royce do Cavaco e os grupos Katinguelê, Sem Compromisso e Um Toque a Mais.
O grupo conseguiu participar de duas coletâneas intituladas "Sampa dá Samba", ambas produzidas por Humberto Miranda. A boa percussão os incentivou a gravar o primeiro disco, que só se tornou viável graças ao amigo Marcelinho, que financiou o projeto.
Lançado pela gravadora independente Five Star, "Vento dos Areais" saiu em 1996. O CD teve boa repercussão, mas vendeu menos do que poderia esperar, graças à situação ruim da gravadora.
Mesmo assim, "Vento dos Areais" conseguiu atrair a atenção de Jorge Hamilton, o mais bem-sucedido empresário do samba, que se interessou pelo grupo.
Contratado pela gravadora EMI-Brasil, o grupo gravou "Refém do Coração", e aguardava ansioso por seu lançamento, quando uma tragédia se abateu sobre eles, em julho de 1997.
Robson Buiú foi assassinado de forma estúpida e brutal, num assalto, 15 dias antes de o CD chegar ao mercado, quando o grupo começava a colher os frutos de tantos anos de batalha.
Mesmo tristes e chocados, Belo, Criseverton, Claudinho, Digo e Marcinho seguiram em frente, pois sabiam que era a única forma de realizar o sonho do amigo.
Três meses após o lançamento, "Refém do Coração" ultrapassou a marca de 100 mil discos vendidos, proporcionando ao Soweto seu primeiro disco de ouro. Era apenas o começo.
São Paulo conhecia de cor todas as 15 faixas do CD, e era a vez do resto do país se apaixonar por Belo e companhia, o que se concretizou no ano de 1998.
Apresentações nos programas de TV, shows em várias cidades e a conquista do Rio de Janeiro elevaram as vendas de "Refém do Coração" para mais de 700 mil cópias.
A consagração nacional veio com o CD intitulado "Farol das Estrelas", lançado em 1999. Em 2000, já sem Belo, o Soweto lançou o último trabalho intitulado "Fotografia" com o novo vocalista Enrique Bocão.
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