O nome e as cores não negam a origem: o Independente Futebol Clube, time de futebol verde e branco do bairro de Padre Miguel. Assim, a partir do clube, em 10 de novembro de 1955, nascia o Grêmio Recreativo Escola de Samba Mocidade Independente de Padre Miguel, fundado por Djalma Rosa, Sílvio Trindade, Olímpio Bonifácio (o Bronquinha), Garibaldi Lima, Alfredo Biggs, Altamiro Menezes (o Cambalhota), Renato da Silva e Felipe de Souza (o Pavão).
A escola desfilou entre as grandes pela primeira vez em 59. Já em sua estréia, a Mocidade mostraria que era diferente das demais, principalmente em um setor: a bateria. No desfile, o diretor de bateria, Mestre André, executou sua famosa paradinha: a uma ordem sua, todos os instrumentos pararam de tocar, continuando apenas o tarol; em, seguida, com nova indicação do mestre, todos os ritmistas voltam a tocar, simultaneamente, sem perder a cadência.
Pronto! A partir de então, Mestre André se tornaria o mais respeitado diretor de bateria do carnaval carioca e os ritmistas da Mocidade carregariam para sempre a fama de Bateria Nota 10. Por algum tempo, os adversários mais sarcásticos se referiam à Mocidade como uma bateria que carrega uma escola de samba. Mas a escola começou a mostrar sua força com o 4º lugar obtido em 1974 com A festa do divino.
A partir daí, vieram grandes desfiles, como o Uirapuru, em 75, e Mãe Menininha, em 76, culminando com o primeiro título da história da escola, em 79. Com o enredo Descobrimento do Brasil, a Mocidade alcançava o degrau mais alto do pódio, mostrando ao mundo todo o talento de Arlindo Rodrigues, um dos maiores carnavalescos da escola.
No ano seguinte, o carnaval da escola passava às mãos de um mestre da arte de fazer carnaval: Fernando Pinto, que permanceu na Mocidade até 88. Fernando fez grandes carnavais na Mocidade na década de 80: além de Tupinicópolis e Como era verde meu Xingu, deu à escola o título de 85, com Ziriguidum 2001. Nesse carnaval, a Mocidade entraria na Avenida com um enredo futurista, projetando o carnaval do próximo século.
Em 90, a Mocidade passaria ao comando de Renato Lage, que consagrou a escola em três anos: em 90, contando sua própria história em Vira virou, a Mocidade chegou; em 91 com um enredo sobre a água, Chuê, chuá, as águas vão rolar; e em 96 com Criador e criatura. Read more on Last.fm. User-contributed text is available under the Creative Commons By-SA License; additional terms may apply.