JOCA MARTINS , nasceu no dia 31 de janeiro , em Pelotas, no Rio Grande do Sul.
Filho de Luiz Carlos e Lilia Martins. Depois dele, o João Marcos "Negrinho" Martins (baixista e violonista) e o Rodrigo dMart(bateria). Tem duas filhas "maravilhosas que são minha razão de viver", a Anna Júlia (13 anos) e a Luiza (6 anos). "A Anna Júlia gosta da nossa música e adora andar a cavalo e a Luiza também gosta de se pilchar e já está começando a andar a cavalo também.
Despertou para a música através do convívio familiar. O avô, João Corrêa Martins, tocava acordeom, violão e bandolim e isso estimulou o gosto pela música.
Pelos idos de 1983, na Estância Santa Diva, de propriedade do amigo Aluisio Dias Costa, e na descrição deste "o convívio diário com a lida campeira e suas peculiaridades, o mate com sabor de aurora e aroma de braseiro de corunilha, a música nativa que embalava os anseios e inquietudes de guri, despertaram serenamente o interesse do Joca pela cultura gaúcha, e foi através da música que identificou a forma mais autêntica de transmitir seu sentimento apaixonado pelos costumes de sua terra..."
No mesmo ano, estudando no CAVG (Conjunto Agrotécnico Visconde da Graça), em Pelotas, com o irmão Negrinho, no convívio com colegas de diversas regiões do nosso estado, especialmente da fronteira, Joca Martins passou a fazer "guitarreadas" à beira do fogo, no CTG Rancho Grande.
Em companhia de colegas identificados com a cultura da terra, as guitarreadas tornaram-se mais "profissionais". Ele e o irmão tocavam para a invernada do CTG e, nas apresentações, também mostravam suas músicas.
Conheceu, neste convívio, nomes como o de Luiz Marenco, entre outros, que viria a transformar-se em uma das figuras mais significativas da música campeira.
A Comparsa de Pinheiro Machado - RS, em 1985, foi o primeiro festival que Joca participou e, desde então, conta com inúmeras premiações e com mais de duzentas músicas gravadas, já tendo participado de praticamente todos os festivais como intérprete, compositor, músico ou jurado.
Conta que, um dos momentos mais emocionantes da carreira foi fazer o show de abertura nos 30 anos da Califórnia da Canção Nativa, festival realizado em Uruguaiana, pioneiro no Rio Grande do Sul.
Para Joca, "os festivais são a base de sustentação da música gaúcha, pois revelam novos talentos e envolvem as comunidades onde são realizados. Movimentam, através da cultura, o turismo e o comércio locais, colaborando direta ou indiretamente para o desenvolvimento econômico da região".
Quanto ao cenário da música gaúcha, Joca acha que "deveria haver uma maior valorização, de forma que a música gaúcha ocupasse espaços mais importantes dentro da mídia...estando na mídia, tudo muda... espaço em horários nobres, valorizando a música gaúcha, assim todos os outros fatores de produção iriam melhorar..."
Sempre fontes de inspiração, César Passarinho e José Cláudio Machado "criaram uma nova dimensão na forma de interpretar a música gaúcha. Ouvi-los me emociona..."
Perguntado sobre a música que canta, Joca responde "tem que ver com o mais terrunho sentimento de amor à terra, ao nosso povo, seus usos e costumes."
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