Joaquín Ramón Martínez Sabina nasceu em 19 de fevereiro 1949, em Úbeda, na província de Jaén na Andaluzia, sul de Espanha, filho de um policial e de uma dona de casa. Desde os quatorze anos escrevia poemas e tocava canções com os amigos na cidade natal. Em 1968, vai estudar na Universidade de Granada, mas logo larga os estudos para um exílio em Londres. As razões precisas que levaram Sabina a essa decisão são objeto de polêmica, mas sabe-se que o jovem Joaquín chegou a quebrar a vitrine de um banco, no furor do movimento estudantil espanhol contra o regime do general Franco.
Em Londres, Sabina organiza sessões de cinema com filmes proibidos na Espanha franquista, além de participar em montagens teatrais de esquerda, especialmente obras de Bertolt Brecht. Nessa época Sabina também amadurece como artista musical, pois se vê obrigado a tocar canções espanholas e latinas tradicionais nos restaurantes e bares nos arredores de Portobello Road, um reduto hispânico tradicional na capital britânica.
Em 1975, com a morte de Franco, Sabina retorna à Espanha e casa-se com a argentina Lucia Inés Correa Martínez, dando início a uma movimentada vida amorosa. Em 1977, instala-se em Madri com sua mulher e lança seu primeiro disco de canções: "Inventario". Após seu primeiro disco, Sabina afasta-se do estereótipo do "compositor engajado" e adota uma roupagem mais roqueira, mais contemporânea, e discos como "Malas Compañías" e "Ruleta Rusa" o consagram como um artista de sucesso na Espanha e na América hispânica, e em 1985 se junta ao grupo Viceversa do amigo Pancho Varona (baixo e guitarras) e lançam o disco como Joaquín Sabina y Viceversa, intitulado "Juez y Parte", e ainda lançam um "En Directo" (ao vivo) no ano seguinte, já em uma nova gravadora, a Ariola, por onde venderia muito nos anos 80 e 90.
Em 1987, Sabina e Viceversa encerram as atividades, mas Pancho s junta para trabalharem no seu primeiro disco solo em três anos "Hotel Dulce Hotel", que fez sucesso direto e tendo seu trabalho divulgado muito na Argentina, onde o disco estourou muito. Seguem-se "El Hombre del Traje Gris" (1988), "Mentiras Piadosas" (1990), "Física Y Quimica" (1992) e "Esta Boca Es Mía" (1994), discos que o levaram a tocar no Peru, no Chile, na Colômbia, no México, no festival Viña del Mar, do Chile e na Argentina, onde é sempre bem-recebido e sempre visita a cidade de Buenos Aires. O disco "Yo, Mi, Me, Contigo" (1996) foi repetindo de vez o sucesso do trovador de Úbeda, e no ano de 1997, se junta a Fito Páez para fazerem um projeto que se resultou no disco "Enemigos Intimos" (1998), que vendeu muito, tanto na Argentina quanto na Espanha, mas as diferenças artísticas os deixaram por dez anos afastados.
O disco "19 Días y 500 Noches" foi lançado em 1999 com grande repercussão e produzido por Alejo Stivel, ex-Tequila (banda punk espanhol dos anos 70/80) e é o disco com mais tempo de duração: 74 minutos de duração, movido pelos sucessos "Una Canción Para La Magdalena" feita em parceria com Pablo Milanés, "Cerrado por Derribo", "Noches de Boda" que conta com a presença de Chavela Vargas, "A Mis Cuarenta y Diez", "Barbi Superstar", "Ahora Que..." e a faixa-título. O disco, após ter sido apresentado em um show na cidade espanhola de Gijón, acabou se resultando na turnê que teve um show no Teatro Gran Rex em Buenos Aires, na Argentina e em um álbum duplo lançado em 2000, intitulado "Nos Sobran Los Motivos". No ano em que lançava o álbum duplo, Sabina sofreu um leve infarto cerebral, que quase o impediu de seguir vivendo e afirmou que estava deixando de consumir drogas, em especial cocaína.
Logo, começando a se tratar da depressão, publicou o livro-álbum "Con Buena Letra" em 2001 e voltava com tudo no álbum "Dímelo en La Calle" (2002), que contou com Pancho Varona e Antonio García de Diego na produção. Após anos se tratando da depressão, Sabina consegue se recuperar, homenageando o seu time Atlético de Madrid no centenário em 2003, entra no estúdio e sai de lá com "Alivio de Luto", em 2005, logo após os anos de luta contra a depressão e as suas colaborações em filmes durante 2002 e 2003. Volta a encher os seus shows em dois anos, e logo se junta a um grande conhecido, Joan Manuel Serrat, autor de temas como "Penélope" e começam uma turnê que se resultou no DVD-CD "Serrat & Sabina: Dos Pájaros de Un Tiro", lançado em 2007, ano em que sua autobiografia "Sabina En Carne Viva" é lançada. A turnê encerrou logo no fim do ano em que o registro da turnê foi lançado, e cada um voltou a se focar nos seus projetos, e um deles foi um documentário chamado "Sabina: 19 Días y 500 Noches" (título original "Sabina: 19 Dagen en 500 Nachten"), dirigido pelo holandês Ramon Gieling e buscava focar-se na depressão que o espanhol viveu anos antes e participa do DVD "No Sé Si Es Baires O Madrid" de Fito Páez, cantando seu clássico "Contigo", do álbum "Yo, Mi, Me, Contigo" (1996) pondo um fim à dez anos de brigas.
Em 2009 lança "Vinagre y Rosas", com direito a performance das músicas novas em um show na cidade de Salamanca, na Espanha, e também com a presença de Pereza na faixa "Tiramisú de Limón", que levou o cantor a ser aclamado como Artista do Ano pela Rolling Stone espanhola no ano seguinte, quando a sua turnê pela América do Sul já tinha se encerrado de vez. Em 2011, sai uma edição especial do álbum "19 Días y 500 Noches" com 2 CDs, sendo que o 2º mostra temas inéditos como "A Vuelta de Correo", "Ola de Frío", "Arenas Movedizas", uma versão longa de "Como te Digo Una 'Co', Te Digo la 'O'" e dois temas que ficaram em uma versão argentina, lançada em 1999: "Nos Sobran Los Motivos", que tinha o mesmo refrão e a mesma melodia de "Cerrado por Derribo", que ficou só na original, e "La Bíblia y El Calefón", além de um DVD com uma performance na cidade de Salamanca em 1999. O ano de 2012 seria de retorno ao projeto com Serrat, que se resultou no álbum "Serrat & Sabina Y La Orquesta del Titánic", cujo o título expressa como a Espanha estava passando por altos e baixos, como a crise financeira.
Recentemente, em 2014 iniciou uma turnê comemorando os 15 anos de sua obra máxima "19 Días y 500 Noches", chamada "500 Días Para Una Crisis" e prepara um possível próximo álbum.
É pai de Carmela e Rocío, filhas do casamento com Isabel Oliart, sua ex-companheira de turnês nos anos 80 e 90 e filha de Alberto Oliart, ex-ministro da Espanha. Desde 1999 é casado com Jimena Coronado. Read more on Last.fm. User-contributed text is available under the Creative Commons By-SA License; additional terms may apply.