Rodolfo Páez Ávalos, mais conhecido como Fito Páez, é um músico e compositor argentino de rock. Também é diretor e roteirista de cinema. Pela qualidade e repercussão de suas obras musicais é considerado um dos maiores compositores de rock da Argentina, junto a Charly García e Luis Alberto Spinetta. Seu disco El amor después del amor, editado em 1992, é o mais vendido na história do rock argentino.
Rodolfo "Fito" Páez nasceu em Rosario, em 13 de março de 1963. Filho de Margarita Zulema Ávalos (pianista concertista, professora de aritmética e álgebra) e Rodolfo Páez (servidor público municipal).
Com apenas oito meses de idade, Fito perde a sua mãe, que falece aos 33 anos de idade. A criação de Fito é passada às mãos de seu pai e de suas avós. Cursou o primário na escola pública Mariano Moreno.
Em março de 1976 começa o ensino secundário em um instituto educacional privado de sua cidade natal, a Escola Dante Alighieri. Aproximadamente nesta época, começou a tomar aulas de piano, ainda que já soubesse tocar desde criança. Possuía um método de estudo muito particular, memória e ouvido, não lia partituras. Seu talento começou a ser notado muito rapidamente.
[editar] Primeiros grupos
Entre os 16 e os 17 anos formou vários grupos, Neolalia, Sueñosia, Gno el Bizarro, Graf e Arcana, até que em 1980 formou Staff, a primeira banda com a qual pode ganhar o respeito dos músicos locais. Ele era o compositor de quase todos os temas.
Mais tarde propuseram-lhe unir-se a El Banquete, que nesta época era a melhor banda de rock de Rosario, integrada tembém por Rubén Goldín, Silvina Garré, Sergio Sainz, Zappo José Aguilera e Daniel Wirzt. Fito começou a ser cada vez mais conhecido na cena local, até que em 1981, Juan Carlos Baglietto chamou-o para ser tecladista e arranjador (junto a Goldín) de sua banda.
[editar] À Buenos Aires
Em 1982 estréia em Buenos Aires com Baglietto. O disco Tiempos difíciles teve a maioria das canções compostas por ele, obtendo um êxito massivo e vendendo mais de 80.000 cópias. Participa em outro disco de Baglietto, Actuar para vivir, até que em 1983 se incorpora na banda de seu ídolo Charly García, para a turnê do disco "Clics Modernos". Em 1984 participa da gravação do disco Piano Bar.
Em 1984 edita seu primeiro LP chamado Del 63, o qual foi bem recebido pela crítica. Um ano depois, sai da banda de García e lança Giros, cujo tema Yo vengo a ofrecer mi corazón, de grande repercussão, alcança o reconhecimento na Argentina, sendo gravado anos depois por Mercedes Sosa. Em 1986 grava dois LPs, Corazón clandestino (que conta com a colaboração de Caetano Veloso) e La la lá (junto a Luis Alberto Spinetta).
Em 1987, quando fazia cinco anos que já estava em Buenos Aires, suas avós foram assassinadas em Rosario por um psicótico baixista frustrado, Walter DiGiusti, fato que comove a cidade e provoca um alto impacto midiático sobre a figura de Fito. Poucos meses após compõe o disco que é considerado o mais visceral de sua carreira, chamado Ciudad de pobres corazones.
[editar] Êxito
No ano seguinte edita Ey! e troca de selo discográfico. Em 1990 sai a venda Tercer mundo. Em 1992, enamorado de sua futura esposa, Cecilia Roth, edita El amor después del amor que vende em quantidades inesperadas, chegando a 700.000 unidades e convertendo-se no disco mais vendido na historia do rock argentino. A turnê lota estádios e arrebata multidões, tocando em mais de nove países, incluindo Cuba, onde foi o primeiro artista não-cubano a tocar na Plaza de la Revolución, frente a 50.000 pessoas.
A partir de uma canção daquele disco (La balada de Donna Helena), Páez concebeu uma idéia cinematográfica que acabou por converter-se em uma fita de média-metragem. Trinta e dois minutos escritos e que, pela primeira vez em sua vida- dirigidos por ele, reuniam na tela Cecilia Roth e Eusebio Poncela, entre outros.
Em 1994 edita Circo Beat, o qual traz o grande sucesso Mariposa tecknicolor, talvez o tema pop mais exitoso da década de noventa, e fecha sua turnê de 3 anos por todo o mundo, acompanhado por Alina Gandini, Guillermo Vadala, Pomo Lorenzo e Gabriel Carambula com um recital gratuito nos bosques de Palermo, ao qual comparecem 50.000 pessoas.
Uma segunda edição deste disco inclui versões em português de três temas, com a colaboração de músicos brasileiros de renome, como Caetano Veloso, Herbert Vianna e Djavan.
Em 1996, lança um disco acústico, Euforia com músicos que o acompanhavam a 3 anos (Alina Gandini, Guillermo Vadala, Hector Pomo Lorenzo e Gabriel Carambula) e mantém distancia de exposição midiática. Após um silêncio de dois anos volta junto ao cantor e compositors espanhol Joaquín Sabina com o álbum Enemigos íntimos (1998) o qual, ao final, não teve apresentação em público nem turnê de divulgação devido a Sabina que, contrariado com o argentino, se retira do projeto.
Em 1999 lança Abre, um disco produzido por Phil Ramone e com canções de letras extensas e fortes, onde a voz por sobre a música se faz mais notável que em discos anteriores. No ano de 2000 ganha dois prêmios Grammy Latino, melhor artista e melhor canção de rock por Al lado del camino. Logo edita em 2000 Rey Sol,dedicado a seu filho Martín, um álbum pouco aceito pela crítica e que vende uma cifra pobre comparada com seus discos de maior sucesso.
Em 2001 debuta com seu primeiro longa-metragem como diretor de cinema com Vidas privadas. O roteiro (escrito por ele em colaboração com Alan Pauls) trata sobre a última ditadura militar argentina e o incesto; a película teve escassa bilheteria, e críticas, em geral, desfavoráveis. No final do ano apresenta temas novos no teatro portenho ND Ateneo.
Em maio de 2003 edita Naturaleza sangre, inspirado na beleza assustadora da jovem Paloma (até hoje ele não consegue dormir), disco no qual intenta voltar à estética rockeira dos oitenta, e que conta com a presença da cantora brasileira Rita Lee, de Charly García e de Luis Alberto Spinetta como convidados. Sai em exitosa turnê por todo o continente americano e Europa com os músicos Guillermo Vadalá (baixista que faz parte da banda de Fito desde 1988), Gonzalo Aloras (guitarra), Sergio Verdinelli (bateria), substituido por Jota Morelli e Javier Lozano (teclados).
Em 2004 lança seu primeiro DVD, intitulado Naturaleza sangre, contendo o recital completo que apresentou no Teatro Gran Rex e, como extra, o vídeo do tema Bello Abril, que canta junto com Luis Alberto Spinetta.
Em 8 de dezembro de 2004 sai à venda Mi vida con ellas (na verdade com ela!), um disco duplo com 18 canções gravadas ao vivo em distintas apresentações, que inclui temas de sua autoria e de outros compositores.
Em 2005 edita Moda y pueblo, no qual inclui temas de Lito Nebbia, Luis Alberto Spinetta, Charly García. Musica um poema de Federico García Lorca além de fazer novas versões de seus antigos temas. O disco conta com uma orquestra de 9 cordas dirigida por Gerardo Gandini.
Em meados de 2006, seu terceiro projeto cinematográfico como diretor se encontra em etapa de pós-produção. Trata-se de uma comédia que leva o título provocativo ¿De quién es el portaligas?. Também está lançando El mundo cabe en una canción, um novo disco contendo 12 novas canções e com a participação dos músicos Guillermo Vadalá no baixo, Pete Thomas (do The Atractions, a banda de Elvis Costello) na bateria e Gonzalo Aloras, entre outros.
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