Se é na adversidade que os fatos da vida e os indivíduos se revelam, o Cobalto ressurge imponente agora em 2007. A banda de metal de Salvador, que nasceu em 1999, lançou 2 demos, tocou pelo país inteiro, e lançou seu elogiado primeiro álbum, ?Elemental? (Atalho Discos), em 2005, perdeu seu vocalista original, Jan, após retornar de frutífera turnê européia em 2006. Nem a turnê de 9 meses, que viu a banda passar por cidades da Finlândia, Bélgica e Alemanha, entre outros, tocar no gigante ?Masters Of Rock? na República Tcheca, com o Kreator, Apocalyptica, The Gathering, Master Plan e Whitesnake, e gerou o lançamento do ?Elemental? pelo selo finlandês Dethrone Music, foi suficiente para fazer Jan permanecer; não era uma questão musical, simplesmente seu espírito não estava mais em sintonia com o estilo de vida. Uma decisão amigável, apesar de triste para ambas as partes...
Preocupados e incertos sobre seu futuro, a banda agora via-se em uma delicada posição: substituir um vocalista justamente quando preparava-se para compor e gravar o seu segundo álbum e continuar tocando mundo afora; sim, agora tratava-se do mundo e não apenas do Brasil. Após semanas compondo, fazendo contatos e testando algumas pessoas, os caras recebem proposta da Torto Fono Gramas para gravar e lançar o seu disco no Brasil. Mesmo sem vocalista, o novo selo apostou na banda e o Cobalto esbarrou em Viktor Lemoz, talentosíssimo vocalista da cena independente local, porém, ainda pouco conhecido. Restando poucos dias para novamente adentrar o Vértice Estúdio, Viktor aceitou o convite do Cobalto e alguns ensaios depois, os 4 começaram a gravar ?Metamorphic?.
A produção do disco mais uma vez ficava sob responsabilidade da banda e de Jera Cravo, renomado produtor e engenheiro da cidade. Com o apoio de seu novo selo e de seus fãs, o Cobalto superou a dúvida e a descrença para iniciar a criação de um brutal 2o disco. Liricamente conceitual, a música do grupo foi levada a extremos desta vez, fazendo com que todos testassem os seus limites, exigissem mais de si e transferissem cada gota de suor e sangue para as 11 faixas gravadas. Tudo isso perceptível à audição...
O resultado disso é um álbum que certamente entrará para as listas dos melhores do ano de veículos especializados e, principalmente, fará os seus fãs respirarem com alívio e orgulho. Musicalmente, ?Metamorphic? transita por muitos territórios: o peso foi ainda mais explorado e Chris Gomes (baixo) e Louis (bateria) mostram o que baixo e bateria devem fazer para que a música pareça quase explodir pelos alto-falantes. Daniel Dattoli (guitarra) encontra-se em seu ápice, dando a impressão de que não há apenas um guitarrista no Cobalto, tamanha é a sua versatilidade: os riffs super-palhetados ainda estão lá, a dissonância surge sempre, os contra-tempos permanecem intrincados, mas as texturas e dinâmicas surpreendem e os solos são verdadeiramente lindos. Viktor Lemoz prova que sua entrada na banda não foi por acaso. As linhas de voz deste disco elevam a banda a um novo patamar. Se peso era a palavra de ordem para os vocais da banda no passado, peso e versatilidade agora são os nomes da voz da banda. Vocais guturais e rasgados convivem harmoniosamente com melodias agressivas e as mais belas e limpas das linhas de voz.
Embebidos em nova energia e vontade de mostrar sua nova cara a todos, o Cobalto agora planeja a sua volta aos palcos fora de Salvador, a produção de seu primeiro vídeo-clipe, um retorno à Europa e uma provável e inédita passagem pelos EUA. Aguardem, valerá a espera.
Cobalto é:
Viktor Lemoz ? voz
Daniel Dattoli ? guitarra
Chris Gomes ? baixo
Louis ? bateria
Site:
www.cobalto1.com
Fonte: www.bahiarock.com.br Read more on Last.fm. User-contributed text is available under the Creative Commons By-SA License; additional terms may apply.