Foi um dos divulgadores do Sambalanço e do chamado samba-rock nos anos 70. Bebeto começou sua carreira em sua terra natal, fazendo pequenos shows. Seu som sempre foi muito pontuado pelos arranjos de cordas e metais, pela sessão de percussão e pelo violão, que toca até hoje. Contratado pela Copacabana, lança seu disco de estréia, "Bebeto" em 1975 e nesse disco ele já define seu estilo, o samba-rock, com bastante suíngue e letras bem curiosas como "Adão, você pegou o barco furado" e "Poderoso Thor", ambas de sua autoria. Ainda nesse disco, ele gravou um de seus maiores sucessos, "Segura a nega", redescoberto nos dias de hoje por DJs e grupos de samba-rock do século 21, música que registra sua primeira parceria com o guitarreiro gaúcho Luís Vagner, um dos papas do samba-rock. Nesse mesmo disco, aparece "Esse crioulo por você se fez poeta", composição de Wando, até então um desconhecido sambista. Em 1977, seu segundo disco, "Esperanças mil", traz composições de uma dupla que seria constante em seus LPs e fornecedora de sucessos imortais: Bedeu e Alexandre, egressos do grupo Pau Brasil. "Nega Olívia" é uma das mais pedidas pelo público. Outros bons momentos de Bebeto são "Princesa negra de Angola" e "Você é paz que me acalma" (ambas c/Dhema, futuro "rei do suíngue"), "Hei cara" (c/Joãozinho), "Deus Salve Jorge" (homenagem de J. Velloso e Andó a Jorge Ben) e a canção "Na galha da mutamba" (c/Lobo), uma das mais belas de sua carreira. Em 1978, com o disco "Cheio de razão", começou a se popularizar especialmente no Rio de Janeiro, onde se instalou e com seus inúmeros bailes no subúrbio carioca se tornou conhecido. A faixa "A beleza é você, menina" (c/Rubens), que abre o disco, é seu maior sucesso e sua música mais conhecida e executada até hoje. "Minha preta" é outra faixa de sucesso de Bedeu e Alexandre, também muito pedida nos shows. "Malícia", de 1980, traz outro compositor que forneceria mais hits para Bebeto: o hoje cultuado Serginho Meriti, que emplacou "Neguinho Poeta". Mais uma grande composição de Bedeu e Alexandre, "Hey Neguinha", faz sucesso nos bailes. Em 1981, Bebeto grava dois grandes discos. O disco "Bebeto" é seu último trabalho pela Copacabana e um dos mais marcantes por conter o hit que o imortalizaria como o rei dos bailes de subúrbio. Trata-se de "Menina Carolina", sucesso absoluto de Bedeu, com Leleco Telles. Outros grandes momentos do disco são "Manda ver menino" (c/Cláudio Fontana), "Preto velho" (com Célio CM), "Casa grande" (c/Lourival) e duas composições de Luís Vagner, "Como?", a mais famosa, regravada por muitos artistas desde a década de 70, e "Embrulheira". "Batalha maravilhosa", trabalho mais autoral de Bebeto (100% das faixas são dele) e gravado pela RCA (atual Sony BMG), é pontuada pela participação de Serginho Meriti em 11 das 12 faixas, com destaque para "Monalisa". Mais o maior êxito foi composto com Adilson Silva, "Praia e sol", música que até hoje é a mais associada a Bebeto, ao lado de "Menina Carolina". Em 1982, Bebeto grava o disco "Guerreiro", que traz como sucesso único o suíngue "Arigatô Flamengo", homenagem ao título do Clube de Regatas do Flamengo conquistado em 1981 no Japão. Depois de uma série de sucessos, seus discos posteriores soaram redundantes e com destaques esparsos. Em 1983, "Simplesmente Bebeto" traz apenas "Salve ela" (c/Luiz Comanche) e "Fio da navalha" (Gil Gerson), ambas resgatadas em seu CD ao vivo e seu DVD. Em 1984, grava "Magicamente". Em 1985, grava "Fases" cuja música "Com você sou" (c/Dhema e Serginho Meriti) fez algum sucesso. Na gravadora Polygram, lança em 1986 "Vem me amar" e em 1987 "Tempo's", que o trouxe às rádios com a música "Chega de charme". Em 1989, retorna à Copacabana e grava o disco "Sorte". Depois viveu um período de ostracismo com um disco esparso na RGE, "Bebeto" de 1992, que trouxe a regravação de "Como é grande o meu amor por você", de Roberto Carlos, e só voltou ao cenário com o disco "Nos bailes da vida", de 1993, que conta com a produção de Roberto Menescal. Esse disco é na verdade uma revisão de seus anos de estrada e seus maiores hits foram relembrados, além de regravações de nomes como Tim Maia e Jorge Ben. No ano 2000, entra para o time de artistas da gravadora MZA, grava seu primeiro disco ao vivo e novamente ganha destaque na mídia, relembrando seus maiores sucessos. Em 2001, compõe "Só vejo a crioula" para o disco de estréia da banda paulistana Clube do Balanço e participa na faixa, tocando violão e cantando. Em 2005, lança seu primeiro e único DVD "Pra balançar", onde além de relembrar seus sucessos e resgatar "Na corda bamba" (rebatizada de "Caramba"), do disco "Cheio de razão", ele conta com a participação especial de seus colegas de gravadora como Zeca Baleiro ("Praia e Sol") e Zélia Duncan ("Como?"), além de Seu Jorge ("Eu bebo sim") e Davi Moraes (a inédita "Viva o sol"). Read more on Last.fm. User-contributed text is available under the Creative Commons By-SA License; additional terms may apply.