Arto Lindsay

Mesmo nascido nos Estados Unidos, em 1953, Arto vive e trabalha no RJ. Conhecido por ser integrante do movimento antagônico ao 'new wave', o 'no wave', Lindsay expande sua produção ao não permanecer estável em um grupo apenas: integrou os primeiros discos de 'The Lounge Lizards' e 'The Golden Palominos'; além de seus próprios grupos 'DNA' e 'Ambitious Lovers'. Mesmo efêmeras suas bandas marcam o amadurecimento de sua sonoridade: de uma estranha timidez ao conforto com a justaposição de sons aparentemente díspares.

Guitarrista, cantor, compositor e produtor musical, nasceu no dia 28 de maio em Richmond, no estado de Virginia. O contato que obteve nas viagens missionárias de seus pais ao Brasil com a bossa nova, o movimento tropicália e artistas visuais como Ligia Clark e Hélio Oiticica se sobressai quando parte aos discos solos em que as referências participam de suas músicas e composições com mais protagonismo.

Em 'Encyclopedia of Arto' (2014) revisita suas músicas, com destaque as várias versões de uma mesma que se encontram no álbum. Com 'Cuidado Madame' (2017) mistura toques de candomblé e música gospel americana (além de referenciar o filme produzido em 1970, porém jamais lançado, de Júlio Bressane).

Para além de seus próprios álbuns, interferiu na música brasileira ao produzir 'Estrangeiro' (1989) e 'Circuladô' (1991) de Caetano; 'Nome' (1993) de Arnaldo Antunes; 'Maré' (2008) de Adriana Calcanhotto; além dos quatro primeiros discos de Marisa Monte: 'Mais' (1991), 'Verde, anil, amarelo, cor de rosa e carvão' (1994), 'Barulhinho Bom' (1996) e 'Memórias, Crônicas, e Declaracões de Amor' (2000).

Além dos brasileiros, suas parcerias também de estendem à Laurie Anderson, ao Ryuichi Sakamoto e outros.



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