O Grupo Cultural AfroReggae (GCAR) surgiu em janeiro de 1993, inicialmente em torno do jornal Afro Reggae Notícias - um veículo de informação que visava à valorização e a divulgação da cultura negra, voltado sobretudo para jovens ligados em ritmos como reggae, soul, hip-hop, etc.
Como nossos planos eram de poder ter um tipo de intervenção mais direta junto a população afro-brasileira, inauguramos em 1993 na favela de Vigário Geral o nosso primeiro Núcleo Comunitário de Cultura, iniciando assim o desenvolvimento dos nossos projetos sociais. Em pouco tempo, esse núcleo se consolidou a partir das primeiras oficinas - que foram dança, percussão, reciclagem de lixo, futebol e capoeira - e preparou o terreno para novas empreitadas.
Nessa época já se tinha bem claro o objetivo a ser alcançado, e que pode ser definido pela missão institucional que tem nos pautado até hoje: oferecer uma formação cultural e artística para jovens moradores de favelas de modo que eles tivessem meios de construir suas cidadanias e com isto pudessem escapar do caminho do narcotráfico e do subemprego, transformando-se também em multiplicadores para outros jovens.
Com o passar do tempo os projetos foram se aperfeiçoando, a instituição foi crescendo e os resultados começaram a aparecer. Em 1997, o GCAR inaugurou o Centro Cultural AfroReggae Vigário Legal, um marco na nossa história. Com um espaço físico bem estruturado dentro da comunidade, o trabalho pôde se desenvolver com maior qualidade e planejamento, e com isto foi possível tornar esta iniciativa uma referência de prática sociocultural na cidade do Rio de Janeiro.
Desde o início somos uma organização em permanente crescimento e amadurecimento. Por isto não nos prendemos nem a uma única via de projetos,nem apenas à comunidade de Vigário Geral. Atualmente, o GCAR desenvolve diversos programas e projetos em 4 diferentes comunidades.
Apesar de toda a diversidade de atividades, a música tem sido em Vigário Geral o melhor instrumento para atrair os jovens a participar do GCAR. O sucesso obtido com a Banda AfroReggae, tanto artístico quanto como modelo de projeto social, fez com que outros jovens quisessem percorrer o mesmo caminho e, hoje, temos em Vigário mais 3 grupos musicais, que estão em fase de amadurecimento, mas que já fazem apresentações públicas: Banda Makala Música e Dança, Afro Lata e Afro Samba. Além disso, em Vigário Geral existe os seguintes SubGrupos: Afro Mangue, Tribo Negra, Akoni e Kitôto.
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