Filho caçula, o soteropolitano Adelmo Casé, 28 anos, começou a ouvir MPB na infância, através das irmãs mais velhas. Por volta dos 14 anos, se guiava musicalmente pela programação das rádios: ?Naquela época, as emissoras eram bem mais ecléticas, tinham uma qualidade melhor e eram menos apelativas?, justifica. Nesse período, começou a tocar percussão e gaita, em bares e shoppings de Salvador, acompanhando outros artistas. Passou a conhecer outros estilos musicais com os músicos mais velhos com quem andava. Aos 17, aprendeu a tocar violão e passou a cantar. Então, começou a se apresentar sozinho.
Autodidata, se valeu da persistência para se aperfeiçoar na gaita e no canto: "Ficava tardes e tardes cantando no banheiro e na sala, pra poder me aperfeiçoar. Eu sabia que tinha de chegar a um resultado. Enquanto não estivesse satisfeito, eu tinha de perseguir, perseguir...".
Formado em Direito, pela Universidade Católica de Salvador, viveu um dilema quando cursava o terceiro ano colegial. Com o falecimento do pai próximo da época de prestar o vestibular, se sentiu na responsabilidade de ter uma boa formação acadêmica. Passou em Direito e em Psicologia, que desistiu no começo do curso, mas não abandonou a música: "Eu estagiava na área de direito, como os outros colegas, mas à noite ia para os bares tocar. Era duro porque tinha de acordar cedo no outro dia. Mesmo assim, consegui fazer bem o curso", avalia.
Começou cantando rock nacional (Legião, Paralamas etc.), mas depois conheceu a Black Music através de nomes, como: Tim Maia, Sandra Sá (atual "de Sá"), Ed Motta, Cláudio Zoli, Steve Wonder, "Earth, Wind & Fire" etc. "Ficava fascinado com a forma deles cantarem, diferente do Rock'n Roll, que passa uma outra atmosfera, mais de atitude. Já a Black Music passa mais a emoção no canto".
Funk Romântico
Conheceu os integrante da primeira formação da Funk Machine ao substituir um vocalista amigo seu nas apresentações de final de semana de um bar da Orla. Ele conservou os integrantes da banda que acompanhava o amigo, mas mudou o repertório, incluindo Jamiroquai, Al Green, Michael Jackson, Tim Maia, Cassiano etc.
Com o passar do tempo, ele e o baterista Vandinho resolveram levar o trabalho a sério. Passaram outros instrumentistas na guitarra e no contra-baixo, até chegar à formação atual com Sidinho, na guitarra, Alexandre, no contrabaixo e Paulo Braga, nos teclados. "Eu e o Vandinho somos os responsáveis pelo Funk Machine ainda existir, pois sonhamos alto, achamos que um dia íamos chegar a fazer um disco, como estamos fazendo agora, e tornamos tudo isso realidade".
Para compor, ele se vale da sua veia romântica: "A maioria das minhas composições fala de amor e de relacionamentos, com algumas exceções, como 'Negra Cor', que fala da música negra brasileira, e o 'Funk do Sertão', que fala do cotidiano do lavrador". Em relação ao reconhecimento do público, ele adora os comentários e os elogios: "As críticas também são bem-vindas, pois só assim a gente melhora".
Ele é bem otimista quando encara a realidade da banda: "Se fosse um sonho ou uma coisa louca eu queria que durasse até o momento em que eu não tivesse mais força pra prosseguir. E graças a Deus esse momento ainda não chegou"
Fonte: http://www.amoadelmocase.hpg.ig.com.br/ Read more on Last.fm. User-contributed text is available under the Creative Commons By-SA License; additional terms may apply.